Mostrando postagens com marcador Enfermagem. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Enfermagem. Mostrar todas as postagens

domingo, 18 de julho de 2010

Germes mais comuns na infecção das feridas

Pela intensa exposição da pele ao meio externo, está se torna mais susceptível a contaminação microbiana. Após a perda do vérnix caseoso a pele do RN começa ser colonizada pelo Stafilococcus epidermidis. Mas fora esta espécie a pele também é colonizado por outros.

Após o banho a população desses micro-organismos aumenta e tal afirmação leva a concluirmos que quanto mais úmida uma ferida maior a proliferação de micro-organismos.

Os bastonetes gram-negativos encontrados na pele são: Escherichia coli, Klebsiella sp, Proteus sp, Acinetobacter sp, dentre outros. Após uma cultura de Swab no leito da ferida, quando encontra esses germes, poderá indicar uma colonização em feridas crônicas. Dessa forma alem de avaliar se a cultura é positiva deve avaliar o contexto.    

sábado, 17 de julho de 2010

Infecção, colonização e contaminação da ferida

O profissional de saúde quando iniciar o tratamento de uma ferida deve avaliar os fatores que predispõe a infecção, seja fisiológico (idade) ou patológico (doença).

  1. Contaminação
É o processo onde ocorre a presença de micro-organismos no epitélio, sem haver penetração tecidual, reação fisiológica e dependência metabólica com o hospedeiro. Ex: Uma pessoa tocando uma ferida sem utilizar luvas.

  1. Colonização
É o processo onde há dependência metabólica com o hospedeiro e a formação de colônias, mas não o suficiente para produzir reação clínica ou imunológica.

  1. Infecção
Implica no parasitismo (ocasionando interação metabólica) dando reação inflamatória e imunológica.

Aos profissionais de saúde cabe tratar quando existe infecção, monitorar quando existir colonização, mas acima de tudo evitar a contaminação.

sábado, 10 de julho de 2010

Fatores de risco para infecção hospitalar

A CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar) assessora a Equipe Multiprofissional na prevenção das infecções hospitalares. A CCIH foi criada pela Portaria do Ministério da Saúde de nº 2.616/98. É composto por um representante de cada categoria profissional e tem como uma das atividades o controle das infecções hospitalares na ferida, indicando o tratamento mais apropriado e evitando as complicações.
A maior parte das infecções é de origem endógena. Ocorre quando há um desequilíbrio entre as defesas do organismo e a microbiota do paciente. Partindo desse conceito visualizamos 3 vertentes:
1.      Os micro-organismos não possuem virulência suficiente para atacar um indivíduo sadio. A infecção ocorre quando existem fatores que predispõe a tal condição.
2.      Os agentes infecciosos são encontrados no próprio organismo.
3.      O tratamento contra infecção é restabelecer a defesa do organismo.
São fatores de risco para infecção:
1.     Idade: pessoas com mais de 65 anos, principalmente quando existe co - -morbidade.
2.     Fármaco: existem fármacos que deprimem o sistema imunológico, comprometendo as defesas do corpo. Quimioterápicos, corticoides.
3.     Traumas: as queimaduras mais os politraumatismos, a perda de tegumento, o uso de cateteres e sonda, a imobilidade que promove o aparecimento de úlceras de pressão favorecem a infecção. No caso de perda de tegumento e queimadura modificam a resposta de defesa ( mecanismo de chegada dos macrófagos e neutrófilos).
A Colonização da Queimadura (CQ) é caracterizada pela presença de micro-organismos nos tecidos afetados (inviável) antes da limpeza cirúrgica. A CQ tem início logo após a queimadura, podendo se estender até o fechamento das lesões, mesmo após a limpeza cirúrgica. Nos primeiros dois dias predominam os cocos gram-positivos (Stafilococcus aureus e Streptococcus sp). Ao passo de 3º dia após a queimadura até o 21º dia há predominância de bacilos gram-negativos. A infecção ocorre quando os micro-organismos migram dos tecidos inviáveis para os tecidos sadios.
4.     Neoplasia Maligna: interferem diretamente nas defesas do organismo. Além disso, adicionando o uso de quimioterápicos e radioterápicos agravam muito mais.
5.     Imunossupressores: Imunodeprimidos são mais susceptíveis a infecção. Imunossupressão primária é causada por fatores genéticos inerentes do próprio organismo. Imunossupressão secundária é causada por imunossupressores.
6.     Procedimentos invasivos: eles rompem a integridade do tecido, favorecendo a contaminação do meio interno com micro-organismos do meio externo. O tempo de duração é proporcional ao risco de infecção.